A Inteligência Artificial pode ser uma alavanca ao crescimento económico e competitividade da UE, bem como melhorar a vida dos cidadãos da União Europeia ao apoiar a evolução em áreas essenciais, como: saúde, agricultura, educação, emprego, energia, transportes, segurança e não só. Em suma, ajuda a encontrar soluções para muitos problemas da sociedade.
No entanto, para que assim seja, a tecnologia deve ser de elevada qualidade e os seus utilizadores devem confiar na forma como é desenvolvida e utilizada e foi por isso que a União Europeia criou um Plano Coordenado para a Inteligência Artificial.
Plano Coordenado para a Inteligencia Artificial
De maneira a que os cidadãos utilizem IA e as empresas implementem soluções baseadas na IA, a União Europeia adotou e desenvolveu um quadro estratégico, assente nos seus valores. Acreditando que será benéfica para a sociedade, a Comissão Europeia está empenhada em promover competências digitais e a abordar a IA como sendo centrada no ser humano.
Posto isto, a Comissão Europeia propôs uma série de medidas e regras de maneira a assegurar que a tecnologia usada é fiável. As principais ações propostas centram-se nos seguintes aspetos:
Apoiar o talento e a capacitação em IA
A UE sabe que para implementar e impulsionar o uso de IA precisa de especialistas para se manter competitiva a nível mundial.
Para que tal seja possível, a Comissão propõe:
- apoiar estágios em áreas digitais, com maior ênfase nas competências de IA;
- apresentação de programas e cursos de educação especializados em áreas-chave, no âmbito do Programa Europa Digital;
- conservar talentos ao apoiar redes de centros de excelência em IA;
- desenvolver programas de doutoramento e módulos de IA no âmbito do Programa Horizonte Europa;
- financiar bolsas de doutoramento, pós-doutoramento e projetos de intercâmbio de pessoal no domínio da IA no âmbito das ações Marie Sklodowska-Curie.
Desenvolvimento de legislação para maior confiança nos sistemas de IA
Para que a IA seja utilizada a favor da sociedade é imprescindível que esta confie na IA, para isso a Comissão Europeia criou um conjunto de princípios fundamentais, que regem e orientam a adoção da Inteligência Artifical. Estes princípios fundamentais têm em conta o impacto social e ambiental da implementação da IA, bem como a privacidade e a proteção de dados dos seus utilizadores.
Para que isto seja possível, a Comissão propõe uma série de medidas e ações legislativas para promover a confiança na IA:
- uma proposta para a IA centrada na segurança e no respeito pelos direitos fundamentais específicos das tecnologias de IA;
- revisões da legislação setorial em vigor, no que toca a segurança;
- centros operacionais de segurança, alimentados pela IA, para atuar como um escudo para a UE, capazes de detetar ciberataques cedo e que ainda permitam uma ação pró-ativa;
- a cooperação da Comissão continuará com as organizações, incluíndo agências da UE e organizações de normalização, de maneira a criar uma IA de confiança.
Promover a visão da União Europeia quanto à IA sustentável e fiável
Como referimos anteriormente, a abordagem da União Europeia, quanto à Inteligência Artificial, destaca-se por se centrar no ser humano. Posto isto, a UE pretende dar a conhecer a sua visão ao incentivar a adoção de regras e normas de utilização da IA, a nível mundial (promovendo uma cooperação entre os diferentes países).
Para cumprir este fim, a Comissão Europeia criou uma página de sensibilização para a IA centrar no ser humano, conheça-a aqui.
UE como potencial líder mundial em matéria de inteligência artificial
Ao longo dos últimos anos a UE tem vindo a financiar uma série de projetos de Inteligência Artificial que oferecem soluções nos domínios mais importantes da sociedade, como a saúde, o ambiente e os transportes.
Acredita-se que a União Europeia tem potencial para ser líder mundial em matéria de inteligência artificial segura, por se preocupar em criar um quadro regulamentar sólido, assente nos direitos humanos e nos valores fundamentais. E só assim é que a IA pode e vai beneficiar as pessoas, as empresas e os governos que a utilizam.
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