O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que, influenciados pela queda dos preços da energia, os preços na produção industrial caem 3,4%, depois de uma subida de 6,3%, no primeiro trimestre deste ano.
Adiantou ainda que os preços na produção industrial registaram uma queda homóloga de 5,8% em junho, mas que em maio tinham caído 3,5%.
Influência da queda dos preços da energia
O INE esclareceu ainda que a energia continuou a ser o agrupamento que mais contribuiu para a queda homóloga do índice de preços na produção industrial (IPPI), sem o qual os preços teriam subido 0,8% no mês de junho (+2,2% em maio deste ano). E que, se não se considerasse o agrupamento energia, os preços na produção industrial teriam subido 2,5% no segundo trimestre deste ano, contra o aumento de 10,3% no trimestre anterior. Em suma, em resultado uma descida de 24,7%, a energia contribuiu com menos 6,4 pontos percentuais para a queda do índice total de junho.
Mas o que significa quando os preços da produção industrial caem?
O fenómeno da queda dos preços na produção industrial é, geralmente, designado por “deflação na produção industrial” e significa que o índice geral de preços de bens e serviços produzidos pela indústria está em queda. A deflação na produção industrial pode ocorrer por várias razões:
- Redução dos custos de produção: quando os custos de matérias-primas, mão de obra ou energia utilizados na produção industrial diminuem, que foi o que aconteceu, ao baixarem os custos relacionados com energia;
- Excesso de capacidade: Se houver uma capacidade inativa na indústria, as empresas podem reduzir os preços para atrair mais clientes e utilizar a sua capacidade de produção de maneira mais eficiente;
- Procura reduzida: Se a procura por produtos industriais diminuir, as empresas podem baixar os preços para estimular as vendas;
- Concorrência competitiva: Num ambiente altamente competitivo, as empresas podem reduzir os preços para ganhar participação de mercado e aumentar suas vendas;
- Políticas governamentais: Algumas políticas económicas ou fiscais do governo podem incentivar ou forçar as empresas a reduzirem os preços de forma a estimular o crescimento económico.
A redução dos custos na produção industrial pode ter um impacto positivo na economia, uma vez que os consumidores têm acesso a produtos com preços mais baixos, o que gera um aumento no poder de compra.
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