Mensalmente, o INE publica a “Síntese Económica de Conjuntura” e na sua última publicação, de 19 de julho de 2023, “o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, acelerou em maio, tendo apresentado variações homólogas positivas desde janeiro, após ter diminuído em novembro e dezembro”. No entanto, o indicador de clima económico (que sintetiza as respostas dos inquéritos qualitativos às empresas) estabilizou em junho, após uma diminuição em maio.
Mas o que é a “Síntese Económica de Conjuntura”?
A “Síntese Económica de Conjuntura” é uma análise, desenvolvida e apresentada pelo INE, que apresenta um resumo das condições económicas atuais de Portugal, mensalmente. O seu principal objetivo é oferecer uma visão geral e atualizada do estado da economia portuguesa, incluindo os principais indicadores económicos e financeiros, que abrangem muitas variáveis, como o Produto Interno Bruto (PIB), taxa de desemprego, inflação, investimentos, consumo, entre outros.
É através da análise destes indicadores e as suas tendências que os empresários e investidores (mas não só) podem obter informações valiosas para entender o estado atual da economia e identificar possíveis riscos e oportunidades.
Principais informações a retirar da última “Síntese Económica de Conjuntura” apresentada
O INE especificou que “os indicadores relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para maio, apontam para uma diminuição na indústria e uma aceleração nos serviços e na construção”. Numa perspetiva de despesa “o indicador de atividade económica aumentou de forma mais intensa em maio, verificando-se um aumento do indicador de investimento e uma desaceleração do indicador de consumo privado”.
Índice de preços na produção industrial
Salientamos que, desde fevereiro de 2021, com crescimentos de 8,9% e 0,1% em fevereiro e março, o índice de preços na produção industrial “apresenta um perfil descendente ininterrupto desde julho de 2022, registando taxas de variação homóloga negativas entre abril e junho de 2023 e que “o agrupamento de energia foi decisivo para a redução do índice total”, como apresentámos no nosso artigo “Preços na produção industrial caem 3,4%“.
Índice relativo aos bens de consumo
Quanto ao índice relativo aos bens de consumo, verificou-se um decréscimo “pelo sétimo mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%)”, registando uma variação homóloga de 6,4%.
Índice de Preços no Consumidor (IPC)
Esta síntese apresentou ainda uma variação homóloga quanto ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) uma vez que diminuiu para 3,4% em junho. O índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 8,9% em maio para 8,5% em junho.
Vertente externa (exportações e importações)
Numa vertente externa, a Síntese Económica de Conjuntura, demonstrou que os preços implícitos das exportações e das importações de bens registaram, em maio, variações de -2,3% e -6,5%, respetivamente.
Taxa de desemprego
Do Inquérito ao Emprego efetuado pelo INE resultou uma taxa de desemprego (16 a 74 anos) de 6,4% em maio, 0,1 pontos percentuais abaixo do valor registado em abril. Sendo que a população empregada (igualmente dos 16 aos 74 anos), aumentou 1,3% em termos homólogos e 0,1% face ao mês anterior.
Porque achamos que é importante estar a par destas informações?
Como temos dito, vezes sem conta, é de extrema importância que, enquanto gestor de um negócio, se mantenha atento a todas as questões económicas, tecnológicas ou, por outras palavras, importantes para o desenvolvimento e crescimento do seu negócio.
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